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Conclave: Os Cardeais Brasileiros na Escolha do Novo Papa

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Conheça os Sete Brasileiros que Participarão do Conclave Pós-Francisco

O Conclave, o processo secreto da Igreja Católica para eleger o novo papa, está prestes a reunir 138 cardeais eleitores de todo o mundo após a morte do Papa Francisco, em 21 de abril de 2025. Entre eles, sete cardeais brasileiros terão a responsabilidade de ajudar a definir o próximo líder da Igreja. Embora a data exata do Conclave ainda dependa dos ritos funerais de Francisco, conforme anunciado pelo Vaticano, a expectativa é que o processo comece entre 15 e 20 dias, seguindo as regras estabelecidas por João Paulo II em 1996. Neste artigo, exploramos quem são os cardeais brasileiros participantes, como funciona o Conclave e o papel do Brasil nesse momento histórico para a Igreja Católica.


O que é o Conclave e como ele funciona?

O Conclave é um retiro sagrado onde os cardeais eleitores, todos com menos de 80 anos, se reúnem na Capela Sistina para escolher o novo papa. Regido pela Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis de 1996, o processo é marcado por sigilo absoluto. Segundo o Vatican News, os cardeais ficam hospedados na Domus Sanctae Marthae, no Vaticano, e participam de duas sessões de votação por dia, uma pela manhã e outra à tarde.

A eleição exige que um candidato obtenha dois terços dos votos. Cada cardeal escreve o nome de sua escolha em uma cédula, e três escrutinadores contam os votos. Se um candidato alcança a maioria necessária e aceita o cargo, a fumaça branca é liberada da chaminé da Capela Sistina, sinalizando a eleição. Caso contrário, a fumaça negra indica que não houve consenso. Se após três dias não houver um eleito, as votações são pausadas para oração, conforme explicou o professor Felipe Aquino à Fundação João Paulo II.


Conclave: Os sete cardeais brasileiros eleitores

Dos 252 cardeais atuais, 138 são eleitores, e o Brasil tem uma presença significativa com sete representantes. Abaixo, detalhamos quem são esses cardeais brasileiros, suas trajetórias e contribuições, com base em fontes como G1 e CNBB.

Dom Odilo Scherer: A voz crítica de São Paulo
Fumaça branca saindo da chaminé da Capela Sist

No Conclave, Dom Odilo Scherer, de 75 anos, é uma figura de destaque. Arcebispo de São Paulo desde 2007, ele também é Grão-Chanceler da PUC-SP. Nascido em Quatro Pontes (PR), Scherer concluiu mestrado em Filosofia e doutorado em Teologia em Roma. Durante a pandemia, ganhou notoriedade ao criticar a gestão do governo Bolsonaro, conforme destacou em entrevista ao Roda Viva em 2021. Sua experiência na Congregação para os Bispos e no Conselho Permanente da CNBB o torna uma voz influente.

Dom Orani Tempesta: O líder da Jornada Mundial da Juventude
Fumaça branca saindo da chaminé da Capela Sist

Dom Orani Tempesta, também com 75 anos, representa o Rio de Janeiro no Conclave. Arcebispo desde 2009, ele foi responsável pela organização da Jornada Mundial da Juventude de 2013, um marco de sua carreira, segundo a Arquidiocese do Rio. Nascido em São José do Rio Pardo (SP), Tempesta é ativo em comissões vaticanas, como o Dicastério para a Evangelização, e é Grão-Chanceler da PUC-Rio.

Dom Paulo Cezar Costa: A juventude de Brasília
Fumaça branca saindo da chaminé da Capela Sist

Aos 58 anos, Dom Paulo Cezar Costa é o mais jovem dos brasileiros no Conclave. Arcebispo de Brasília, ele possui mestrado e doutorado em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Sua trajetória inclui a direção administrativa da JMJ 2013 e cargos acadêmicos na PUC-Rio. Nomeado bispo de São Carlos em 2016 por Francisco, Costa é uma figura em ascensão, conforme reportado pela Arquidiocese de Brasília.

Dom Leonardo Steiner: O Cardeal da Amazônia
Fumaça branca saindo da chaminé da Capela Sist

Dom Leonardo Steiner, de 74 anos, é o arcebispo de Manaus e o primeiro Cardeal da Amazônia, nomeado por Francisco em 2022. Nascido em Forquilhinha (SC), ele é mestre em Filosofia e doutor pela Pontifícia Universidade Antonianum. Sua atuação como Secretário-Geral da CNBB (2011-2019) e seu foco na região amazônica, destacado pelo Vatican News, reforçam sua relevância no Conclave.

Dom Sérgio da Rocha: A experiência de Salvador
Fumaça branca saindo da chaminé da Capela Sist

Dom Sérgio da Rocha, de 66 anos, arcebispo de Salvador, traz ao Conclave sua formação em Teologia Moral e experiência em arquidioceses como Fortaleza e Brasília. Nomeado por Francisco em 2020, ele é ativo em comissões da CNBB e do Vaticano, segundo a Arquidiocese da Bahia. Sua trajetória como reitor de seminários o qualifica como um líder acadêmico e pastoral.

Dom Jaime Spengler: O presidente da CNBB
Fumaça branca saindo da chaminé da Capela Sist

Dom Jaime Spengler, de 65 anos, é arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB (2023-2027). Nascido em Gaspar (SC), ele estudou Teologia em Israel e foi nomeado arcebispo por Francisco em 2013. Sua liderança na CNBB e experiência internacional, conforme a CNBB, fazem dele um nome forte no Conclave.

Dom João Braz de Aviz: A conexão com o Vaticano
Fumaça branca saindo da chaminé da Capela Sist

Dom João Braz de Aviz, de 78 anos, é arcebispo emérito de Brasília e prefeito da Congregação para a Vida Consagrada no Vaticano. Nascido em Mafra (SC), ele foi nomeado cardeal por Bento XVI em 2012 e liderou o Sínodo da Amazônia em 2019, segundo o Vatican News. Sua experiência global é um diferencial no Conclave.


Conclave: A exceção brasileira

Além dos sete eleitores, o cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, de 88 anos, arcebispo emérito de Aparecida, participa do Conclave, mas não pode votar devido à idade. Contudo, ele é elegível para ser papa, uma possibilidade rara, mas prevista pelas regras do Vaticano, conforme o G1.


O papel do Brasil no Conclave

O Brasil, com sete cardeais eleitores, tem uma influência significativa no Conclave, especialmente após o pontificado de Francisco, que nomeou cardeais de regiões periféricas. Segundo a BBC, Francisco criou 163 cardeais, diversificando o Colégio Cardinalício. Os brasileiros, com sua experiência em questões sociais e pastorais, podem defender um papa alinhado com o legado de Francisco, focado em inclusão e justiça social.


Desafios e expectativas para o novo papa

O próximo papa enfrentará desafios como a secularização, os escândalos de abusos e a polarização na Igreja. O Conclave será um momento de reflexão para os cardeais brasileiros, que trazem perspectivas únicas, desde a defesa da Amazônia até críticas a políticas governamentais. A escolha do novo líder definirá o rumo da Igreja Católica por anos, conforme analistas do Valor Econômico.

Leia Mais

Para saber mais sobre o Conclave e a sucessão papal:

Confira notícias locais em O Cacique Notícias

Vatican News: Como funciona o Conclave

G1: Cardeais brasileiros no Conclave

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