Senador colombiano ficou em estado crítico após ataque em evento de campanha; menores e violência política entra em debate
Neste sábado, 7 de junho de 2025, o senador e pré-candidato presidencial colombiano Miguel Uribe Turbay, do partido Centro Democrático, foi gravemente ferido durante um evento de campanha em Bogotá. O atentado a Miguel Urive ocorreu no bairro de Fontibón, chocou a nação e reacendeu antigos temores sobre o retorno da violência política que marcou a história do país. O suspeito, um adolescente de 15 anos, foi detido com uma pistola calibre 9 mm ao lado do local. A vida do senador está em risco, segundo fontes hospitalares.
🔥 Contexto do ataque
Segundo a agência Reuters, Uribe foi atingido por disparos nas costas durante um comício político. As balas o acertaram na cabeça e em outras partes do corpo, motivando evacuação imediata para a Clínica Fundación Santa Fe, onde passou por uma cirurgia neurológica e vascular de urgência. Seu estado é descrito como crítico, mas estável.

A Procuradoria-Geral informou que um adolescente com menos de 15 anos foi detido portando uma pistola Glock 9 mm, mas negou envolvimento direto em mandante algum. O presidente Gustavo Petro ordenou abertura de investigação e pediu análise dos protocolos de segurança .
🕯️ Reações imediatas e mobilização popular
No entorno do hospital, apoiadores organizaram vigílias de oração e silêncio, usando velas e bandeiras da Colômbia. Sua esposa, Maria Claudia Tarazona, utilizou a rede social X para informar que Uribe está “lutando pela vida”. O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, ofereceu recompensa de cerca de US$ 730 000 por informações que levem à captura de mais envolvidos.
🕵️ Investigações em curso
O presidente Petro condenou o atentado, destacou a gravidade do uso de menores em ações violentas e declarou: “Nenhum recurso deve ser poupado… para encontrar o cérebro… onde quer que seja” . A polícia e o Ministério Público concentram esforços para identificar mandantes e possíveis cúmplices, investigando se o ataque foi ato isolado ou parte de trama maior de violência política.
🌍 Repercussão internacional
O atentado provocou protestos mundiais de líderes políticos e diplomatas. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, repudiou o ataque e afirmou que a “retórica inflamada” do presidente Petro contribui para o clima de violência. Também Chile, Equador, Espanha e outros países emitiram notas de solidariedade, enquanto grandes veículos como El País e FT relembraram os fatos políticos violentos de décadas anteriores .
🧬 Legado e drama familiar
Miguel Uribe, de 39 anos, exerce forte liderança política no Centro Democrático desde 2022, sendo o senador mais votado de sua legenda em eleição de lista aberta. Pré-candidato oficializado para 2026, carrega um histórico pessoal de tragédia: sua mãe, a jornalista Diana Turbay, foi assassinada em 1991, em um resgate que tentava libertá-la dos sequestradores vinculados ao cartel de Pablo Escobar. Esse passado traumático voltou à tona, levando colegas a comentarem sobre a “traição do destino”, ao decidir por uma carreira política.
De ascendência libanesa, Uribe é neto de Julio César Turbay Ayala, que foi presidente da República entre 1978 e 1982. Sua trajetória desde vereador e secretário de governo em Bogotá até líder nacional reflete forte perfil público e confrontos ideológicos com Petro: denúncias mútuas e críticas políticas tornaram-se rotina .
⚠️ Alerta sobre violência política
O atentado renovou o receio de que a Colômbia esteja diante de uma nova onda de violência política, lembrando episódios do final dos anos 80, como os assassinatos de Luis Carlos Galán e outros. Artigos recentes, como os do El País, recordam esses momentos sombrios e vinculam ao atual ataque.
Assista o vídeo do Atentado:
O país ainda convive com conflitos de guerrilhas, remanescentes paramilitares e cartéis. O atentado contra Uribe ressalta como o ambiente político continua permeado de riscos, mesmo após os acordos de paz de 2016. Petro garantiu que todos os recursos estariam sendo mobilizados, reforçando que “a política deve ser livre de violência” .
💡 O que essa tragédia revela
- Falhas nos protocolos de segurança – Uribe era figura pública com grande projeção; o sucesso do ataque aponta falhas na proteção.
- Uso de menores em ações violentas – O suspeito tem apenas 14 ou 15 anos, o que reforça preocupações com recrutamentos por gangues ou violência instruída a jovens violentos .
- Crise política e retórica inflamada – Acusações conjuntas entre Petro e Uribe refletem polarização profunda, o que pode cerealizar conflitos.
- Clamor internacional – A reação firme de governos externos mostra preocupação com a fragilidade democrática na Colômbia.
🕊️ Para onde pode evoluir
Agora, o país espera:
- Resultados concretos da investigação, com prisão dos mandantes.
- Modificações nos protocolos de segurança para adversários políticos.
- Redução da retórica inflamada, segundo recomendações internacionais.
- Fortalecimento do debate eleitoral com responsabilidade e respeito à democracia.
Para o senador, a recuperação médica será fundamental, mas o significado simbólico desse episódio pode incendiar tanto a campanha presidencial de 2026 como as discussões sobre a segurança política do país.
🔚 Conclusão
O atentado contra Miguel Uribe Turbay revive temores históricos, alerta para fragilidades do sistema político colombiano e reforça a urgência de respostas concretas. Sua luta pela vida ecoa não apenas no lado pessoal, mas como desafio a toda a nação para proteger seus representantes e fortalecer a democracia. O olhar internacional sobre a resposta governamental e investigativa será um termômetro da postura da Colômbia frente ao risco do retorno da violência política.
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Atentado contra Miguel Uribe Turbay
The New York Times
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