Do atentado de 2018 à cirurgia complexa de abril de 2025, entenda o histórico de saúde do ex-presidente
O ex-presidente Jair Bolsonaro recebe alta da UTI do Hospital DF Star, em Brasília, no dia 30 de abril de 2025, após passar 18 dias sob cuidados intensivos. Clínicamente estável, sem dor, febre ou complicações, ele permanece internado em um quarto, seguindo em recuperação de sua mais recente cirurgia abdominal ─ a sexta desde o atentado que sofreu em 2018 .
Bolsonaro alta UTI – os desdobramentos da cirurgia de abril de 2025
No dia 13 de abril, Bolsonaro foi submetido a uma complexa cirurgia de obstrução intestinal, realizada em duas etapas que somaram 12 horas de intervenção. O procedimento, descrito pelos médicos como o mais delicado desde a facada, incluiu a remoção de aderências e a reconstrução da parede abdominal. Ele deu entrada no Hospital Regional de Santa Cruz (RN) em 11 de abril, após sentir fortes dores abdominais durante agenda no interior do estado, e foi transferido a seguir para Brasília .
Alta da UTI e evolução clínica
- Alta da UTI (30/04/2025): Depois de 18 dias na unidade intensiva, Bolsonaro iniciou dieta líquida e teve a sonda nasogástrica removida em 29 de abril.
- Condição atual: Está estável, sem dor ou febre, com pressão arterial controlada, mas sem previsão de alta definitiva. Visitas continuam desaconselhadas.
- Planos de retomada: Ainda não há detalhes sobre atividades políticas futuras ou participação em eventos, visto o longo processo de recuperação.
Cronologia das internações pós-facada
2018 – o atentado em Juiz de Fora
Em 6 de setembro de 2018, Jair Bolsonaro foi esfaqueado no abdômen durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). A facada causou perfuração intestinal, e ele passou por cirurgia de emergência de mais de duas horas. Essa internação marcou o primeiro de uma série de procedimentos para tratar complicações decorrentes do atentado .
Primeira cirurgia de emergência
- Data: 06/09/2018
- Local: Hospital Santa Casa de Juiz de Fora (MG)
- Procedimento: Retirada de fragmentos e limpeza de lesões, com reconstrução inicial do intestino.
Complicações e cirurgias subsequentes
- 2018–2022: Pelo menos cinco novas intervenções para tratar aderências, obstruções intestinais e revisões de parede abdominal.
- Casos notáveis:
- 2019: Cirurgia de correção de hérnia interna.
- 2021: Remoção de aderências que causaram obstrução.
- 2023–2024: Tratamento de quadros de erisipela e outras infecções de pele, sem relação direta com as cirurgias anteriores .
Importância de transparência e acompanhamento público
A cada nova internação, a equipe médica e o próprio Bolsonaro divulgaram boletins sobre seu estado de saúde. Além dos comunicados oficiais, foram compartilhadas fotos e vídeos pelo ex-presidente e familiares, gerando debates sobre privacidade e transparência em casos de figuras públicas.
Público e imprensa
- Boletins médicos: Emitidos diariamente pelo DF Star, detalhando exames e evolução clínica.
- Redes sociais: Bolsonaro chegou a publicar o momento da retirada da sonda nasogástrica, suscitando discussões sobre limites éticos na divulgação de imagens hospitalares .
- Visitas e eventos: Recebeu apoio de correligionários, concedeu entrevista e participou de live, mesmo internado na UTI.
Impactos políticos e judiciais durante a internação
Enquanto se recupera, Bolsonaro enfrenta diversas questões jurídicas e políticas:
Processo no STF
Ele foi intimado por oficiais de Justiça durante sua estadia na UTI, em função de investigação sobre suposta participação em tentativa de golpe em janeiro de 2023 .
Agenda eleitoral
Originalmente, ele planejava percorrer o Nordeste em apoio ao PL para as eleições de 2026. A internação adiou compromissos, mas mantém o ex-presidente em destaque na disputa política.
Desafios da recuperação e perspectivas
Reabilitação física
- Fisioterapia abdominal: Fundamental para recuperar força e mobilidade.
- Nutrição especializada: Transição gradual de dieta líquida para sólida, com acompanhamento de nutricionistas.
Saúde mental e emocional
A frequência de internações e a exposição pública podem afetar o bem-estar psicológico. O apoio familiar e de aliados políticos tem sido central nesse processo.
Conclusão – Bolsonaro alta UTI e o caminho adiante
A alta da UTI marca um passo importante na recuperação do ex-presidente, mas o longo histórico de cirurgias ressalta os desafios de lidar com sequelas de um atentado político. A estabilidade atual não garante alta imediata, e o acompanhamento médico será mantido até que ele recupere plenamente as funções digestivas e o condicionamento físico.
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